quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Viver a Quaresma

A quaresma entende-se como uma luta contra o próprio egoísmo e como prontidão para a fraternidade. Só assim será possível falar de uma verdadeira conversão e de uma autêntica ascese. Só assim será possível percorrer o caminho que leva à Páscoa.
Neste sentido, a quaresma vem a ser um tempo que permite à Igreja - a toda a comunidade eclesial - tomar consciência da sua condição pecadora e submeter-se a um exigente processo de conversão e de renovação. E só assim a quaresma poderá, hoje, ter sentido.

sábado, fevereiro 03, 2007

A dignidade da mulher e a ordem do amor

Caso não se recorra a essa ordem e a esse primado, será bastante difícil dar uma resposta completa e adequada à interrogação sobre a dignidade da mulher e sobre a sua vocação. Quando afirmamos que a mulher é aquela que recebe amor para, por sua vez, amar, não entendemos só, ou antes de tudo, a relação esponsal específica do matrimónio. Entendermos algo mais universal, fundado no próprio facto de ser mulher no conjunto das relações interpessoais, que na sua diversidade estruturam a convivência e a colaboração entre as pessoas, homens e mulheres. Neste contexto, amplo e diversificado, “a mulher representa um valor particular como pessoa humana e, ao mesmo tempo, como pessoa concreta, pelo facto da sua feminilidade"[1]. Isto terá a sua repercussão em todas as mulheres, referindo-se a todas as mulheres e a cada uma delas, independentemente do seu contexto cultural em que cada uma se encontra e das suas características espirituais, psíquicas e corporais, como, por exemplo, a idade, a instrução, a saúde, o trabalho, o facto de ser casada ou solteira.
_____________________________________
[1] PAULO II, João – Mulieris Dignitatem, Libreria Editrice Vaticana, Vaticano, 1988, nº 29.