domingo, janeiro 21, 2007

EUTANÁSIA:
Pertinência ou des-pertinência?
Embora não seja hodiernamente um tema que esteja muito em voga, creio que, dentro em breve, será uma temática de grande discussão na sociedade portuguesa. A questão do “aborto” está a ser como que a porta para a revitalização desta problemática. Uma pseudo-vitória do “sim” no referendo em questão terá nefrálgicas consequências. Será como que o início de um choque em “cadeia” ou choque “dominó”. O ludibriar das débeis consciências do povo português terá repercussões altamente prejudiciais para as gerações vindouras. É que com isto diversas realidades serão marginalizados da sua verdadeira essência (como por exemplo: a família; o ser pai; o ser mãe; enfim… um inumerável de outras realidades afins). Os países nórdicos (como a Alemanha, ou a Inglaterra, ou a Suiça, ou a Suécia, etc.), sofredores deste maligno, procuram meios que possibilitem, de algum modo, contrariar os efeitos negativos das práticas transactas.
A eutanásia, denominada como morte suave, não é uma realidade nova ao pensamento humana. Já há muito que a eugenia se vem proliferando numa cultura que se diz evolucionista, mas que, no entanto, não é mais do que uma simples «cultura da morte», tal como nos afirma o falecido Papa João Paulo II. A proliferação da extrema-direita deve-se em grande parte à grande adesão, embora muitas vezes inconsciente por parte dos seus receptores, de praticismo (isto é, ao por em prática) da eugenia.
Por outro lado, a difusão de uma pseudo-aceitação da prática da eutanásia assume contornos predominantemente casuísticos. E neste aspecto os mass media tem contribuído e de que maneira para esta alienação da consciente dos seus receptores. Denota-se claramente uma disjunção da consciencialização do imperativo da vida humana.
Com efeito, a vida, mais que um dever, é um direito de todo e qualquer ser ôntico, seja ele rico ou pobre, de “cor” ou não, novo ou velho. Antes de qualquer direito, seja ele canónico ou até civil, está o direito natural. O direito natural é o sustentáculo de ambos e de qualquer que seja o direito. Pois, um direito que negligencie o seu substrato perde a finalidade para que é criado. O direito é feito para servir dignamente o homem. Portanto, não é o homem que está ao serviço da lei, mas o contrário.Nesse sentido, é um dever de todo e qualquer cristão chamar à consciência do outro para o imperativo da vida humana e da sua dignidade. Uma vida acariciada desde o princípio gerativo e criador de Deus Uno-Trino. Não de um Algo, mas um Alguém.

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