segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Virgindade e Celibato


Será uma paz armada, amigos,
será toda a vida um combate;
porque a cratera da carne só se cala
quando a morte fizer calar os seus brazeiros.

Sem fogo no lar e com o sonho mudo,
sem filhos nos joelhos a quem beijar,
sentireis o gelo cercar-vos
e muitas vezes sereis beijados pela solidão.

Não deixeis o coração sem núpcias.
Deveis amar tudo, todos, todas,
como discípulos d'Aquele que amou primeiro.

Perdida para o Reino e conquistada,
será uma paz tão livre quão armada,
será o Amor amado a corpo inteiro.

CASALDÁLIGA, P., In CENCINI, A. - Virgindade e Celibato hoje. Para uma sexualidade pascal. Lisboa: Paulus, 2008.

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